Eficácia dos tratamentos está associada ao risco de efeitos adversos, e medicamentos eficazes e bem tolerados continuam sendo uma necessidade importante não atendida. A Cannabis e os canabinóides são populares entre os pacientes com Esclerose Múltipla para tratar espasticidade e dor.

O canabidiol (CBD) é cada vez mais reconhecido como anti-inflamatório e imunossupressor, porém com excelente tolerabilidade mesmo em altas doses. Nesta revisão sistemática, recuperamos e avaliamos criticamente as evidências disponíveis sobre os efeitos imunológicos e modificadores da doença do CBD na encefalomielite autoimune experimental (EAE) e na EM. A evidência em modelos de roedores de EAE apoiam fortemente o CBD como eficaz, enquanto a evidência clínica ainda é limitada e geralmente negativa, devido à escassez de estudos e possivelmente ao uso de regimes de dosagem subótimos.

Uma melhor caracterização dos alvos atuados pelo CBD em MS deve ser obtida em estudos ex vivo/in vitro em células imunes humanas, e doses mais altas devem ser testadas em ensaios clínicos bem planejados com desfechos de eficácia clinicamente relevantes.

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